Doença de Peyronie
A Doença de Peyronie corresponde a formação de uma placa fibrosa no corpo cavernoso do pênis. Por ser mais rígida que a túnica albugínea do corpo cavernoso não se distende durante a reção , levando a curvatura peniana para o lado da placa. A curvatura pode ser para um lado ou para outro , mas o mais comum é a curvatura ventral , para cima com um ângulo que dificulta a relação sexual.
Os motivos pelos quais esta placa fibrosa surge ainda não estão bem determinados, mas acredita-se que microtraumas (pequenos machucados) ao longo da vida podem dar origem a uma cicatrização fibrosa levando ao surgimento desta placa.
O tratamento com medicamentos não tem mostrado bons resultados sendo na maioria das vezes indicado o tratamento cirúrgico. Para a retificação do pênis existem duas possibilidades:
– Alongamento do lado côncavo:
A abordagem da face côncava, com incisão e/ou excisão parcial de túnica albugínea com enxerto, existe maior risco de disfunção erétil.
– Encurtamento do lado convexo:
As técnicas de plicatura, que abordam a face convexa, da haste peniana, apresentam baixo risco de disfunção erétil e de alterações sensitivas do pênis.
Para a escolha da técnica utilizada devemos levar em conta vários fatores como idade, tamanho do pênis, a presença ou não de disfunção erétil, doenças associadas como diabetes e também o tempo de inicio da curvatura.
A AUA (American Urological Association) publicou um Guideline sobre a Doença de Peyronie orientando que a doença deve estar estável (sem modificação da curvatura da haste peniana) por um período de 12 a 18 meses após início do quadro para o tratamento cirúrgico. Na Doença de Peyronie associada à disfunção erétil refratária aos tratamentos com medicamentos, o implante de prótese peniana é uma opção.